sábado, 19 de julho de 2008

19



São 23h50min do dia 18 de julho de 2008.
Daqui a exatamente 10 minutos eu faço 19 anos.
E estou a pensar sobre o que fiz nos meus 18 anos.
Passou tão rápido, parece que foi ontem que senti a emoção de ser “de maior”.
Que ganhei meu primeiro carro, fiz a auto escola e dei minha primeira volta...
Que entrei na faculdade, perdi noites estudando e ganhei dias dormindo.
Arrumei meu primeiro emprego, ganhei meu primeiro salário...
Ganhei ao mundo, e ele ganhou a mim.
18 anos.
Ano de novos sentimentos, novas experiências.
Uma nova fase começa, fase de novas responsabilidades.
23h55min
Apenas 5 minutos, para o que foi um ano cheio de coisas novas, ficar para trás.
Ano de muitassss risadas... O quibe 1 2 3 4, a loira e a batata, dancinhas na rua de madrugada, djs e gerentes do habibs e muito, mas muito mais (só quem estava lá sabe do que eu to falando)...
Ano de despedidas e reencontros
Ano de novas amizades
Ano de novos amores e desamores
De Alegrias e decepções
De conquistas e frustrações
Ano de reconhecimento
De conhecimento, sobre mim, e sobre os demais.
Ano de deixar coisas antigas para trás.
00h00min
19 anos
Pausa.
Abraços, beijos, “eu te amo” vindo de todas as direções e de todos os meios de comunicação.
Felicidade...
Preocupação.
Olho-me no espelho e começo a avaliar as rugas... Será que já estou precisando de botox?
E os cabelos brancos que ousam em aparecer? Brancos de idade? Ou brancos de loirisse?
Não importa, se as rugas aparecem, e os cabelos embranquecem, servem apenas para constatar que se viveu, que se aprendeu e que a cada ano que se passa, a bagagem de conhecimento está aumentando.
Para mim, ela nunca será pesada demais...

sábado, 12 de julho de 2008

Alô?


Já tinha esquecido como é se sentir a espera da primeira ligação.
Será que ele vai ligar? Será que não?
A barriga começa a embrulhar...
E é somente sobre isso que se consegue pensar o dia inteiro...
A cada segundo uma olhadela no celular, somente para constatar que ninguém ligou.
E quando o bendito ousa tocar, o mundo inteiro perde o foco.
Alô?
Oi mãe...
Não era ele...
Será que ele não gostou de mim? Será que me achou bonitinha? Simpática, talvez...
E todoooo o drama da espera recomeça.
Dessa vez, não se olha mais a cada segundo.
As esperanças estão findando.
Mas mesmo assim, de vez em quando, como se não quisesse nada, fingindo ser para olhar a hora, a tão esperada olhadinha acontece...
Uma chamada não atendida!
E a esperança renova-se!
Tcham tcham tcham tchammm... Quem será?
Minha irmã...
Será que a família inteira resolveu me ligar justamente hoje?
Mais uma emoçãozinha dessa e a próxima ligação que vão ter que fazer é pra encomendar o caixão! (Morrerei de infarto!!!)
Desisto...
Não vou mais pensar...
A barriga será obrigadaaa a parar de embrulhar...
Os joelhos terão que restabelecer sua firmeza...
Ele não ligou... Paciência... A vida continua não é mesmo?
Normal, mais uma decepçãozinha pra coleção...
E então, quando de uma forma totalmente clichê, tudo parecia perdido, o maldito (a uma altura dessas já o considerava a visão do inferno) celular começa a apitar...
Vou conferir quem é na certeza absoluta de que dessa vez será alguma tia, ou avó...
Afinal, hoje é o dia internacional da ligação familiar... tsc tsc
Mas nãooo, surpresa!
Embrulhos, reviravoltas, joelhos trêmulos, olhos brilhando...
Alô?
Oiiii..
Bem, e você?
Sair? Amanha? Claroo...
E assim foi a minha odisséia a espera de uma simples ligação...
Não sabia ser possível experimentar tantos sentimentos diversos, apenas por esperar um aparelhinho tão pequeno dar sinal de vida!
Enfim, pelo menos esse episódio de minha vidinha nada interessante terminou bem...
Nem eu agüentaria mais escrever sobre decepções nesse blog, nem vocês, aposto eu, ler...




continua... ou não...