segunda-feira, 30 de junho de 2008

Teto Concreto Incerto

Em casa sozinha, o silêncio chega a doer.
Porque a nossa existência é condicionada a existência de outras pessoas?
À companhia de outras pessoas?
Porque para nos sentirmos completos, precisamos de alguém?
De um teto seguro sobre nossas cabeças, para nos proteger?
E porque é tão complicado achar esse alguém?
Como dizem por aí, tudo no começo são flores!
Tudo nos agrada, nos encanta... Tudo é TÃO apaixonante!
Parece que estamos a caminhar em cima de nuvens...
Vivemos o tão esperado sonho... Mas, até quando?
Como de costume, com o passar do tempo, o que era tão sólido começa a apresentar finas rachaduras.
Deixamos pra lá, fingimos que elas não existem, e continuamos com as nossas vidas;
Talvez por medo de que essas rachaduras mostrem-se na verdade um grande buraco ou talvez por comodidade de tentar concerta-las, achando que, quem sabe uma manhã, ao acordar e olhar para o teto, elas simplesmente tenham sumido de lá...
Como nada é tão simples, percebemos que com o passar dos dias, elas só fazem crescer, aumentar de espessura e profundidade...
E quando nos damos conta, o teto já está completamente rachado e caindo por cima de nossas cabeças.
Não há tempo para nada mais.
Tudo esta desmoronando e não temos coragem para ficar e concertar o que está tão danificado, isso exigiria tanto tempo, força e disposição que...
Em um milésimo de segundo, quando paramos realmente para analisar a situação, percebemos que os destroços do que foi quebrado, do que desmoronou, já estão em cima de nós.
O que nos resta então é "sacudir a poeira", cuidar dos ferimentos, para depois juntar os pedaços do que foi tão concreto, rígido e uniforme um dia.
Quem sabe uma outra vez, um outro dia, em algum outro lugar, tentaremos construir um novo teto, dessa vez, mais resistente...
Quando isso vier a acontecer, estaremos prontos para nos perguntar se o problema foi com a estrutura do velho, ou de quem deveria estar cuidando dela.
Para que assim então, quem sabe, possamos evitar um novo desastre.

6 comentários:

Unknown disse...

Adoreeeei, amiga =)
Assim vc até me deixa com medo
de tentar alguma coisa...ueiuhieuhiue
Que moli, tá vendo? uiehuieuhuieh
Bjo, Lora!

Matheus Marques disse...

O problema todo é conseguir um pouco de concreto para cuidar das rachaduras. Isso é ncessário, antes que tudo caia, e o trabalho da construção não tenha valido nada.

Muito bom! Parabéns, você escreve muito bem! =D

Bru Amorim disse...

Ohhh amigaa! n era essa a intenção nehh!? mt pelo contrario! hehehe
Lendo o final vc percebe, que enfim.. a esperança eh a ultima que morre! oO
ehuiehuehieuheu
=*

DudA Frozen disse...

Amigaaa!
Gostei muito do texto... adorei a analogia com o teto.
Seu texto me fez refletir bastante sobre minhas questões pessoais e, com certeza as conclusões as quais eu cheguei vão modificar algumas de minhas atitudes!

Beeeijo Grande, meu siri cascudo!

Vinícius Costa disse...

E como sempre você escrevendo divinamente bem, adoro o seu jeito de escrever, fico admirado toda vez q leio seus textos! Parabéns, quer ser minha professora? Rsrsrsrsrsrsrsrsrs

Bjão, saudades das tardes de Gulozinha e Pop e as resenhas loucas! Hehehehehehe...

Um abraço!

Bru Amorim disse...

Professora de decepçoes Vini?
heiuehuehiue
acho q esse seria o unico assunto que eu saberia dar aula.. e n faltaria conteudo viuh?

=D