quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O reino Joano.


Para quem vai começar a ler esse texto, um aviso:

Só tem besteira (de verdade), uma história sem nenhum fundamento, e sem nenhum ensinamento.

Digamos que é uma brincadeira com a minha (tão frequente) falta de criatividade para textos realmente bons.

Aí lá vai, um pouco de diversão.

Enjoy.


Duas joaninhas batiam um papo, em uma tediosa tarde de trabalho.
Amigas há algum tempo, trocavam informações e conselhos sobre suas vidas (des)amorosas.
Eu, uma mosquinha muito curiosa, fiquei a observar aquela conversa interessante.
A joaninha morena estava vivendo um dilema complicadíssimo, solteira já há algum tempo, se apaixonava por qualquer joaninho que aparecia na sua vida...
Sua mais nova paixão fulminante era um joaninho comprometido.
Carente e desprecavida, a joaninha morena se deixou levar pelos encantos do joaninho safado!
Chorosa e tristonha pedia conselhos à outra joaninha:
“O que faço minha amiga joaninha loira? Ele não presta. Fez-me ficar encantada, e agora quer sair batendo as asas para nunca mais voltar... No começo tudo foram flores, ele me fez sentir como uma joaninha princesa, me enchia de elogios, e me dava toda a atenção que a muito, não recebia, dizia que a relação dele com a sua D. Joaninha, não estava bem, que não gostava mais dela, não queria mais saber de suas bolinhas pretas e de suas asas vermelhinhas.Quando então, peço para ele tomar uma posição, e decidir a vida de inseto dele, simplesmente diz que não vai acabar com ela, e finge-se de desentendido. Ahh minha amigaaa, o que farei?”
A Joaninha loira, que também não tinha uma vida amorosa muito promissora, viu-se em uma situação complicada, como dar conselhos amorosos, quando a sua própria vida amorosa era um imenso desastre? Há alguns anos atrás, ela tinha conhecido um joaninho, foi amor à primeira vista. Esse amor durou alguns anos, mas infelizmente acabou deixando a pobre joaninha loira com um coração de pedra. Desde então, por mais que tentasse, ela não conseguia se apaixonar por ninguém.
Fazia com que todos os joaninhos que apareciam em sua vidinha de inseto, se apaixonassem, e depois mandava-os saírem voando. Ao longo dos anos, nenhum joaninho com suas formosas pintas pretas, e suas lustrosas asas vermelhas, conseguira derreter o gelo, quebrar a pedra, que havia no lugar do coraçãozinho da pobre joaninha loira.
Como então ajudar sua desolada amiga moreninha?
Em seu lugar, já teria esmagado as asas do tal joaninho cachorro, mas um coração apaixonado sempre encontra mil alternativas, para não ver o que realmente acontece.
Não sei se carência, ou realmente paixão, acontece que a joaninha morena, realmente estava triste.
Completamente perdida, a joaninha loira não sabia como ajudar.
Resolveu então pedir ajuda a uma amiga, á joaninha morena de cabelos cacheados.
Essa joaninha era a única do trio de amigas, que tinha conseguido ser bem sucedida amorosamente, sendo assim a mais provável de saber o que fazer.
Meiga e delicada, tinha um coração de ouro, encantando todos os joaninhos do reino Joano.
Após explicar toda a situação à amiga, perguntou o que deveriam fazer.
A joaninha morena de cabelos cacheados, viu uma luz no fim do “tronco”.Chamou a joaninha morena, e com o propósito de fazê-la esquecer todo o incidente com o joaninho comprometido, convidou-a para passarem um final de semana relaxando e curtindo, num maravilhoso SPA para joaninhas desiludidas.
Esperando alguma solução macabra por parte da amiga, do tipo esmagar o joaninho, explodi-lo, tritura-lo, afinal ele tinha feito a joaninha morena sofrer durante meses, decepcionou-se com a solução da amiga, resolvendo então tomar suas próprias providencias.
Esperou as amigas viajarem em sua “jornada espiritual de renovação”, e quando anoiteceu, seguiu o joaninho.
Ao encontrá-lo parado em um galho de amendoeira, foi chegando de macinho, sem barulho fazer com suas asinhas a bater.
Com um puxão certeiro arrancou as asas do joaninho descarado, empurrando-o do galho logo depois.
Após cair, gritando desesperadamente, por todo os 13 metros que o separava do chão, ouviu-se um baque surdo, e então somente o silêncio.
Era o fim daquele individuo que tanto tinha feito a sua amiga sofrer.
A joaninha loira ficou horas do alto observando aquele pontinho preto e vermelho espatifado ao longe, e isso lhe deu uma imensa satisfação.
Parecia que algo dentro dela ganhava um novo sentido.
Seria o seu coração sendo descongelado?
Há tanto tempo não sentia aquela sensação!
Tudo então se tornou mais claro, límpido, alvo...
A joaninha loira percebeu que havia nascido com um propósito. E seu coração de pedra, por mais incomodo que fosse, serviria como impulso para a realização de um fim maior.
A joaninha percebeu que deveria se transformar na Super Joaninha,
a vingadora das pobres e desiludidas, das enganadas e deprimidas.
Passaria então, todos os seus dias, até o último dos dias de sua vida de inseto, vingando àquelas que foram enganadas, que tiveram seu coração partido por um joaninho safado qualquer.
O reino Joano merecia um pouco de paz, e a Super Joaninha seria aquela a dar aos corações de todas as joaninhas, um pouco de tranqüilidade.
Poderia não se apaixonar novamente nunca mais, mas enquanto vivesse, garantiria às Joaninhas solitárias, que não fossem enganadas por mais nenhum Joaninho sem vergonha.
Dias de sol e felicidade prosperariam no reino Joano.
E eu, uma simples mosquinha, que tudo vi acontecer, garanto que nunca farei nenhuma mosquinha fêmea sofrer.

Dedicado à minha Joaninha Morena e a todas as outras joaninhas que se sentem só, seja pelos mesmos motivos da joaninha loira ou da morena, ou tantos outros. Que vocês saibam que se eu realmente pudesse, arrancaria todas as asas desses joaninhos imprestáveis que tanto nos fazem sofrer.
;)

sábado, 19 de julho de 2008

19



São 23h50min do dia 18 de julho de 2008.
Daqui a exatamente 10 minutos eu faço 19 anos.
E estou a pensar sobre o que fiz nos meus 18 anos.
Passou tão rápido, parece que foi ontem que senti a emoção de ser “de maior”.
Que ganhei meu primeiro carro, fiz a auto escola e dei minha primeira volta...
Que entrei na faculdade, perdi noites estudando e ganhei dias dormindo.
Arrumei meu primeiro emprego, ganhei meu primeiro salário...
Ganhei ao mundo, e ele ganhou a mim.
18 anos.
Ano de novos sentimentos, novas experiências.
Uma nova fase começa, fase de novas responsabilidades.
23h55min
Apenas 5 minutos, para o que foi um ano cheio de coisas novas, ficar para trás.
Ano de muitassss risadas... O quibe 1 2 3 4, a loira e a batata, dancinhas na rua de madrugada, djs e gerentes do habibs e muito, mas muito mais (só quem estava lá sabe do que eu to falando)...
Ano de despedidas e reencontros
Ano de novas amizades
Ano de novos amores e desamores
De Alegrias e decepções
De conquistas e frustrações
Ano de reconhecimento
De conhecimento, sobre mim, e sobre os demais.
Ano de deixar coisas antigas para trás.
00h00min
19 anos
Pausa.
Abraços, beijos, “eu te amo” vindo de todas as direções e de todos os meios de comunicação.
Felicidade...
Preocupação.
Olho-me no espelho e começo a avaliar as rugas... Será que já estou precisando de botox?
E os cabelos brancos que ousam em aparecer? Brancos de idade? Ou brancos de loirisse?
Não importa, se as rugas aparecem, e os cabelos embranquecem, servem apenas para constatar que se viveu, que se aprendeu e que a cada ano que se passa, a bagagem de conhecimento está aumentando.
Para mim, ela nunca será pesada demais...

sábado, 12 de julho de 2008

Alô?


Já tinha esquecido como é se sentir a espera da primeira ligação.
Será que ele vai ligar? Será que não?
A barriga começa a embrulhar...
E é somente sobre isso que se consegue pensar o dia inteiro...
A cada segundo uma olhadela no celular, somente para constatar que ninguém ligou.
E quando o bendito ousa tocar, o mundo inteiro perde o foco.
Alô?
Oi mãe...
Não era ele...
Será que ele não gostou de mim? Será que me achou bonitinha? Simpática, talvez...
E todoooo o drama da espera recomeça.
Dessa vez, não se olha mais a cada segundo.
As esperanças estão findando.
Mas mesmo assim, de vez em quando, como se não quisesse nada, fingindo ser para olhar a hora, a tão esperada olhadinha acontece...
Uma chamada não atendida!
E a esperança renova-se!
Tcham tcham tcham tchammm... Quem será?
Minha irmã...
Será que a família inteira resolveu me ligar justamente hoje?
Mais uma emoçãozinha dessa e a próxima ligação que vão ter que fazer é pra encomendar o caixão! (Morrerei de infarto!!!)
Desisto...
Não vou mais pensar...
A barriga será obrigadaaa a parar de embrulhar...
Os joelhos terão que restabelecer sua firmeza...
Ele não ligou... Paciência... A vida continua não é mesmo?
Normal, mais uma decepçãozinha pra coleção...
E então, quando de uma forma totalmente clichê, tudo parecia perdido, o maldito (a uma altura dessas já o considerava a visão do inferno) celular começa a apitar...
Vou conferir quem é na certeza absoluta de que dessa vez será alguma tia, ou avó...
Afinal, hoje é o dia internacional da ligação familiar... tsc tsc
Mas nãooo, surpresa!
Embrulhos, reviravoltas, joelhos trêmulos, olhos brilhando...
Alô?
Oiiii..
Bem, e você?
Sair? Amanha? Claroo...
E assim foi a minha odisséia a espera de uma simples ligação...
Não sabia ser possível experimentar tantos sentimentos diversos, apenas por esperar um aparelhinho tão pequeno dar sinal de vida!
Enfim, pelo menos esse episódio de minha vidinha nada interessante terminou bem...
Nem eu agüentaria mais escrever sobre decepções nesse blog, nem vocês, aposto eu, ler...




continua... ou não...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Teto Concreto Incerto

Em casa sozinha, o silêncio chega a doer.
Porque a nossa existência é condicionada a existência de outras pessoas?
À companhia de outras pessoas?
Porque para nos sentirmos completos, precisamos de alguém?
De um teto seguro sobre nossas cabeças, para nos proteger?
E porque é tão complicado achar esse alguém?
Como dizem por aí, tudo no começo são flores!
Tudo nos agrada, nos encanta... Tudo é TÃO apaixonante!
Parece que estamos a caminhar em cima de nuvens...
Vivemos o tão esperado sonho... Mas, até quando?
Como de costume, com o passar do tempo, o que era tão sólido começa a apresentar finas rachaduras.
Deixamos pra lá, fingimos que elas não existem, e continuamos com as nossas vidas;
Talvez por medo de que essas rachaduras mostrem-se na verdade um grande buraco ou talvez por comodidade de tentar concerta-las, achando que, quem sabe uma manhã, ao acordar e olhar para o teto, elas simplesmente tenham sumido de lá...
Como nada é tão simples, percebemos que com o passar dos dias, elas só fazem crescer, aumentar de espessura e profundidade...
E quando nos damos conta, o teto já está completamente rachado e caindo por cima de nossas cabeças.
Não há tempo para nada mais.
Tudo esta desmoronando e não temos coragem para ficar e concertar o que está tão danificado, isso exigiria tanto tempo, força e disposição que...
Em um milésimo de segundo, quando paramos realmente para analisar a situação, percebemos que os destroços do que foi quebrado, do que desmoronou, já estão em cima de nós.
O que nos resta então é "sacudir a poeira", cuidar dos ferimentos, para depois juntar os pedaços do que foi tão concreto, rígido e uniforme um dia.
Quem sabe uma outra vez, um outro dia, em algum outro lugar, tentaremos construir um novo teto, dessa vez, mais resistente...
Quando isso vier a acontecer, estaremos prontos para nos perguntar se o problema foi com a estrutura do velho, ou de quem deveria estar cuidando dela.
Para que assim então, quem sabe, possamos evitar um novo desastre.

domingo, 22 de junho de 2008

Para onde?


Hora de voltar pra casa...
De esquecer o passado.
Hora de dar continuidade... Seguimento.
Tempo para “novas” experiências...
Entro no carro e ao tentar prosseguir com minha inusitada e longa viagem, geralmente o insuportável “engarrafamento” vem me atormentar (assim como a tantas outras milhares de pessoas)...
Entre os cansativos e automáticos movimentos da direção, os pensamentos vagueiam...
Perdem-se pelas ruas que parecem não ter fim..
Escondem-se no tempo...
Entre o brilho de milhares de faróis e estrelas, misturam-se entre passado e presente...
Às vezes ganhando forma, às vezes perdendo a dimensão.
Novas sensações são descobertas, outras obrigadas a serem esquecidas.
Lagrimas...
Desespero.
Vontade.
Tudo continua bom, mas de uma forma insuficiente.
Pensamentos, dúvidas e desejos.
Proibidos? Talvez.
Indecisos? Na maioria das vezes.
Inoportunos? Sempre.
Você senta, olha, espera e imagina.
Imagina o que poderia ter sido, imagina o que realmente virá a ser um dia.
Olha ao redor e percebe que o tempo passou, e durante boa parte dele, você ficou parado, somente observando tudo e todos, ao invés de tentar ser parte de algo real.
Espera...
Somente espera que tudo vá embora pra sempre... Ou então, apenas volte de uma vez.
O toque... O cheiro... O gosto.
As imagens que não cansam de repertir-se... Horas como castigo, horas como forma de abrigo do que era pra ser, e não foi. Não é, e nunca mais será.
Confusão...
Desordenamento de idéias.
Embaraço.
O que eu realmente estou fazendo?
Aonde quero chegar? Quando vou ter coragem de parar?
Ou firmeza para prosseguir?
Dou-me conta de que o transito finalmente ficou livre.
Hora de seguir, ir em frente.
Pra onde?
Entre o brilho de milhares de faróis e estrelas, tudo se mistura entre passado e presente...
Às vezes ganhando forma, às vezes perdendo a dimensão.


quarta-feira, 30 de abril de 2008

Fotos...



Imagens congeladas no espaço e no tempo.
Momentos eternizados, ações que ficarão marcadas por toda uma vida.
Momentos engraçados, embaraçosos, tristes, de pura diversão, de cumplicidade, de amor, carinho...
Momentos que se por alguma desventura da vida, ousarmos esquecer, logo serão revividos, relembrados!
Ah, se as fotos pudessem falar!
O tanto da vida de cada um que ela poderia revelar!
Se estamos viajando, “click”...
Se estamos num barzinho, restaurante, boate, casa de amigos, “click”...
Se estamos em casa de bobeira? Click, click, click...
Todos os ângulos, todas as posições, todas as caras e bocas...
Tudo e todos eternizados em um pedaço de papel...
Um pedaço de papel que contêm os melhores e piores momentos de toda uma vida.
Desde a infância ate a velhice... Tudo fica registrado.
Tudo o que se passa, todos os que passam, e infelizmente, apenas passam.
Tudo para um dia ser remexido, remoído, revivido.
Como é bom lembrar do que passou, como é bom saber que muitos dos dias, anos, que compõe a nossa existência estão ali (de certa forma) congelados, esperando apenas uma olhadela para voltar a “acontecer”, como é bom dar forma e cor às lembranças...
Ah, como é bom...

domingo, 23 de março de 2008

Um texto um tanto complexo sobre um assunto dois tantos mais complexo ainda.


Esse final de semana assisti a um filme que me fez refletir bastante. Nele dois personagens prestes a morrer de câncer resolvem sair para “curtir” o tempo que lhes resta. Numa determinada passagem do filme um dos personagens diz que ao morrer somos encaminhados para um lugar no qual duas perguntas nos são feitas, e dependendo da resposta somos ou não encaminhados ao “paraíso”.
A primeira pergunta, é se “você” (a pessoa a qual a pergunta é feita) foi feliz durante a vida e a segunda, é se “você” fez alguém feliz...
Duas perguntas que parecem simples. É claro que somos felizes ora bolas... E se fizemos alguém feliz? Mas que pergunta mais obviaa... Claroo!
Mas na verdade, pra mim não foi tão fácil assim...
Ao chegar em casa fiquei a me indagar sobre tais questões... Uma dúvida me corroia... Será que se eu morresse hoje, teria meu lugarzinho garantido no paraíso?
Afinal, eu sou feliz? Sou completamente realizada?
E o pior, seria EU a causa da felicidade de alguém?
O que seria então essa tal de felicidade?
Posso afirmar a você caro leitor que existe dias sim, que me sinto completamente de bem com a vida, radiante (seria isso felicidade?)... Mas existem outros dias (e não são poucos) que a vida parece não ter assim tanto sentido...
Se parar para analisar, é fácil perceber que nossa existência é condicionada a um ciclo extremamente vicioso!
Acordamos (querendo continuar a dormir), comemos (alguns se sentem magros, outros absolutamente gordos – eu me encaixo nessa grande parcela da humanidade, ou seja, nunca estamos satisfeitos com nosso corpo), tomamos banho e nos arrumamos para começar a longa jornada de todos os dias.
Alguns estudam, outros trabalham, alguns outros estudam e trabalham...
Durante esse período – cumprimento de obrigações - problemas surgem, são resolvidos, passam novamente a surgir. Reclamamos, falamos mal... Nos odiamos e odiamos à todos a nossa volta. Então algo bom acontece e tudo é esquecido, até algum empecilho surgir novamente para ser resolvido... Ou não.
Voltamos para nossas casas, alguns dias entediados, outros chateados, outros felizes... Nos dias não produtivos (os infelizes), descontamos nossas frustrações na primeira pessoa que aparece a nossa frente (a maioria das vezes, pessoas que nada tem haver com nossos problemas enfadonhos), para então continuarmos nossas vidinhas... Comemos, tomamos banho, alguns assistem ao jornal, outros a novela e muitos ao BBB ( ok, você tambem assiste, não adianta negar!) e então vamos dormir a espera de mais um dia igual a tantos outros, com a esperança de que no final de semana (que tanto demora a chegar mais quando chega, logo se põem a acabar), alguns problemas sejam esquecidos e a diversão tome “conta do pedaço”...
Para alguns o final de semana é uma forma de escape para toda agonia e estresse da semana, para outros são só mais alguns dias de trabalho ou até mesmo de solidão ( graças a deus eu estou incluída na parcela que se diverte muitooo nos finais de semana ou então simplesmente como e durmo, isso definitivamente é tão bom quanto sair para badalar! rsrs)...
O domingo acaba e tudo recomeça... (é impressão só minha ou todos concordam que o domingo é um dia completamente deprimente? Um dia ainda escrevo sobre “o” dia de domingo).
Segunda, terça... Sexta, sábado e domingo... O ciclo se repete durante dias e mais dias... Semanas e mais semanas... Meses... Anos... E muitosss anos...
E então me pergunto: Qual o sentido disso tudo?
Onde estaria encaixada aí a tão “comentada” felicidade?
Eu faço parte desse ciclo, mas é claro... Durmo, acordo, estudo, brigo, faço as pazes, me divirto, me canso, choro, dou risada e choro de dar risada... E onde esta a benditaaa felicidade?
A minha esta em minha mãe, meus irmãos, em ter saúde, em ver que as pessoas que eu amo estão bem...Em estudar e tirar uma nota boa, em deixar as pessoas que amo orgulhosas de mim. Esta em ler um bom livro, ver um bom filme, em sair com os amigos...
Poderia afirmar então que sou feliz, ja que a minha concepção de felicidade não inclui estar 24hrs com um sorriso pregado na cara, ser rica ou ter tudo o que desejo... É clarooo meu caro que existem dias em que se tem vontade de gritar, chorar espernear e mandar todos para aquele lugar... Afinal nada é um mar de rosas. E mesmo que fosse sempre existiriam os espinhos ( a rosa ainda não foi modificada geneticamente, ou seja, os espinhos querendo ou não, estarão lá).
Ser feliz é estar em paz consigo, é estar de bem com as pessoas a sua volta, estar satisfeito com suas conquistas e disposto a tentar novamente no caso de algumas derrotas... È ir à luta, não desistir... Persistir!
Logo podemos “matar dois coelhos com uma só cajadada”.
Observe que sendo feliz, estando satisfeito, realizado, com certeza você terá feito alguém feliz... Sempre existirá alguém que se sentirá feliz simplesmente por ver a sua felicidade, que se orgulhará das suas vitórias e que lhe ajudará a levantar quando por inconveniência do destino houver algum tropeção pelo caminho...
Então podemos afirmar afinal que a vida tem sentido?
Claro que sim...
È obvio que ela nunca vai ter o mesmo sentido para pessoas diferentes... Nada mais justo que cada qual dê a conotação que quiser a ela...
Que trilhe os caminhos que mais lhe convierem...
Alguns optam pelo caminho do sucesso, da felicidade... Outros, o da inveja, o da cobiça... Esses deveriam fazer a si as perguntas laaa do começo do texto. Acho que elas são uma forma de análise da vida, do que construímos aqui. Do que deixaremos por aqui.
Claro que eu não sou nenhuma expert, nem tenho ainda muita experiência de vida. Afinal são apenas 18 anos, de muitooss que deverão vir pela frente...
Mas se o fim de tudo fosse hoje, meu veredicto seria, com alguma certeza, que estou apta! Iria para o paraíso (não que eu seja santa ou algo do tipo...Quem não já errou? Erra e continuará errando?).
Posso dizer que sou feliz... E na minha ingênua certeza afirmar que já fiz sim pessoas felizes, pessoas que se lembrarão de mim, seja pelo que fiz ou deixei de fazer... Vai saber...
E você é feliz?
Já fez alguém feliz, mas feliz mesmo?(se a resposta for não, ainda da tempo...).
Eu espero que sim... O “caminho para o paraíso” ( soou meio clichê né?) só depende de nós!
;)

“Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara”
Lenine - Paciência

terça-feira, 11 de março de 2008

Uma breve conclusão sobre (in) Fidelidade



Fidelidade: qualidade de ser fiel, exato, LEAL.
Lealdade: ser fiel aos compromissos assumidos, dedicado, franco, HONESTO.
Honestidade: ser íntegro, descente, puro, DIGNO.
Dignidade: qualidade de digno (merecedor), decência. Amor-próprio, BRIO.
Brio: sentimento da afirmação da dignidade pessoal, valentia, CORAGEM.
Coragem: determinação moral diante do perigo, da dor, da aflição, bravura, ser OUSADO.
Ousadia: qualidade de ser destemido, arrojado, AUDACIOSO.
Audácia: intrepidez, petulância, qualidade de ser INSOLENTE.
Insolência: ação e/ou dito DESRESPEITOSO
Desrespeito: faltar com a moralidade, faltar com o RESPEITO.
Respeito: reverência, importância, acatar, cumprir, obedecer, poupar.
Logo,
Desrespeito = Infidelidade = qualidade de ser infiel, traição, ser DESLEAL.
Deslealdade: o que não é leal; denota traição, PÉRFIDO.
Pérfido: que falta à sua fé, ou a juramento, enganador, falta de DIGNIDADE.
Dignidade = decência, AMOR- próprio.
Amor: sentimento que leva a desejar o bem de outrem, afeição profunda por alguém ou algo, intensa inclinação de caráter afetivo/sexual, simpatia, amizade, cuidado, zelo...
Então,
Fidelidade = Honestidade = Dignidade = Lealdade = Coragem = Bravura = AMOR # Audácia = Petulância = Insolência = Desrespeito = Infidelidade

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Do lado de dentro...



Hoje eu encontrei perdida em algum lugar, uma realidade completamente diferente da minha.
Caminhei por corredores sujos, salas que clamavam urgentemente por uma reforma, banheiros imundos, por um ambiente onde a tecnologia apenas mandou lembranças...
Uma realidade que sufocou a minha, que deixou machucado os meus olhos e de certa forma, modificou a minha visão e percepção...
É engraçado como passamos os dias reclamando.
Reclamamos do dinheiro que nunca dá (para os supérfluos é claro), da monotonia do trabalho, das brigas familiares...
Passamos à vida reclamando de simplesmente... tudo!
Nunca paramos para agradecer o que temos, o que conseguimos.
Nunca estamos suficientemente felizes, sempre existe algo que nos deixa infinitamente triste e incompleto...
Nunca paramos para ver que a comida na mesa é farta, que temos pessoas que nos amam acima de tudo e todos, que o tão entediante trabalho nos da conforto, nos proporciona o tão ( muito ou pouco) desejado dinheiro,e que faz com que seja possível usufruirmos de lazer e prazer...
Mas tudo é sempre tão insuficiente...
Hoje encontrei perdida, uma realidade diferente da minha...
Encontrei crianças fumando maconha às 10hrs da manha nos corredores, ao invés de estarem na sala de aula aprendendo e planejando o seu tão brilhante e heróico futuro como qualquer criança "normal" ( sim, quando somo pequenos ainda temos o sonho de mudar o mundo).
Nesses mesmos corredores, encontrei um aluno agredindo uma professora com um iôiô (isso mesmo, é impressionante o que vira arma na mão de certas pessoas)...
Encontrei profissionais despreparados, destreinados e desgostosos com o seu trabalho (que seria estar educando, ensinando e orientando).
Hoje eu encontrei a Escola Pública...
“Antro” de sujeira, de baderna, de DESCASO!
Por onde será que andam escondidos a arte, a música, o desenvolvimento, o comprometimento, que simplesmente se esqueceram de dar uma passadinha por lá?
Conheci de perto, não apenas de dentro de um carro (vale ressaltar que com vidros fechados e travas acionadas), como pessoas que deveriam ser tão “iguais” conseguem ser tão diferentes, ter vidas tão distintas, ter tão menos que eu, que por incrível que pareça achava ter tão pouco...
Aprendi que realmente as diferenças existem, que não é apenas noticia de jornal...
Sei que o que existe além dos tão seguros “muros da minha casa”, nem se compara e é ainda bem pior que uma “simples” escola pública e seus rebeldes e humildes alunos.
Sei que existe violência, pobreza... tristeza!
Hoje eu acordei reclamando da vida, reclamando de tudo, como todos nós, todos os dias...
Mas estou indo dormir agradecida por tudo que tenho, por tudo que me é proporcionado...
Por tudo que aos meus olhos era tão ínfimo e que alguns dariam a vida para conseguir e que eu tendo a vida toda, acabei hoje por descobrir...